São Paulo: o início da cidade, as contradições da urbanização mal planejada

domingo, 6 de janeiro de 2008

Passeando por São Paulo...a imagem da construção industrial





Memorial do Imigrante... um prazer barato e revelador


As políticas públicas de recepção do imigrante, desde o final do século XIX até meados do século XX, parecem tiradas de um conto de fadas se comporadas ao que ocorre hoje a qualquer trabalhador, seja ele natural de São Paulo, migrante ou imigrante. Mas não se deve confundir benevolência com o projeto dos governos pós-república. Era necessária mão-de-obra abundante, para ser barata, e cheia de esperança, para ser burlada, e levada do sonho de terras novas às fazendas de café e depois às grandes indústrias. O que vemos com olhos mágicos pode ser mesmo o último resquício da escravidão que aqui se operou no interior do modo de produção capitalista. Explico-me: a idéia de manter sadia a mercadoria mão-de-obra para que ela rendesse mais, produzisse mais. Depois, com o assalariamento esta preocupação será exclusiva do próprio trabalhador, agora tornado livre. Isso me faz lembrar de uma frase utilizado por uma amiga tirada do livro de Fiodor Dostoiévski, Os irmãos Karamázov: "Não repetiste com freqüência: 'quero torná-los livres'... mas saibas que nunca os homens se acreditaram tão livres como agora e, no entanto, eles depositaram sua liberdade humildemente aos nossos pés...".



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