São Paulo: o início da cidade, as contradições da urbanização mal planejada

sábado, 24 de janeiro de 2009

Até defunto samba, homenagem ao aniversário da cidade

24 de janeiro... comemoração antecipada


Em meio aos afazeres domésticos, num sábado, depois do Clube do Professor, preparando a comidinha, eis que o gás acaba... Precavida, logo ali na geladeira o imã da cia. de gás (convém não fazer merchandising, ou, merchã; como andam escrevendo por aí). O atraso da comida, ainda bem, nas férias não gera stress.


Vou ler as notícias, entre Obama e São Paulo Fashio Week, o machismo dá seus ares em Guarulhos ou em Poá, cidades da Grande São Paulo, mais uma notícia triste aqui e acolá. Toca a campainha, eis o gás. O arroz, coitado, ficou mole demais por ficar quase como um náufrago na panela por mais de meia hora. A carne, naufragou também, mas se ressentiu menos, ao que parecia. Junto com o fogo alto a colher de pau, que meu pai fez de presente para mim. De repente, um sambão começa a ecoar por entre o vão do prédio. Eu já havia notado, e até comentei com o homem que trouxe o botijão (e, parece que meu apartamento é o único com botijão, é quase segredo): Parece o Jair Rodrigues, né? É, tá tendo festa na pracinha, ele respondeu.


A voz continuou e eu desci para ir até a pracinha. Voltei antes de apiar no térreo. Esquecera a carne no fogo.


Quando cheguei à Praça, era ele mesmo. Num sábado nublado sem anúncio nenhum. Não consta da programação oficial. Presente do Sesc. Coisa boa. De improviso. Um show quase particular para 100, 150 pessoas.


São Paulo também tem disso. E é por isso que eu amo a cidade. Quem não quiser entender, eu compreendo, e sinto pena.


Essas pequenas alegrias espontâneas são maravilhas que a gente sente como criança e que transformam nosso dia.

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